terça-feira, 13 de março de 2007

Olhos de chuva

Inseguro, todo mundo é!
Atire algo (de preferência bem leve), o ser que não for.
Insegurança é a auto-defesa do ser para tudo aquilo que mostra-se não conhecido. É algo de instinto, que perdura por toda humanidade e tampouco irá cessar.
E quando temos um chão firme para caminhar, as dúvidas dissipam-se como o cheiro de pão de queijo que sai do forno e como o perfume que sai do spray para o corpo.
Passamos por várias cenas ao longo da vida (e nem precisa ser tão longa assim), para vivenciarmos percalços e êxitos e como ostras, nos fechamos e ficamos tarjados como “OSTRACILDOS”. Mas, alguns preferem serem intitulados como “pé atrás”, “precavido” e etc. e afins.
Quando pof!

Tudo muda, tudo volta...
E em um espelho a sua frente, você verá as melhores cenas da sua vida. E pode mudar o roteiro, passar a mão nesse vidro embaçado que a água quente do chuveiro o fez ficar túrvido.
Olhar para trás e gostar do que ver, é um momento nostálgico.
Incomensurável, pode-se intitular.
Olhar a frente e ver que o horizonte nem é tão invisível assim, apesar da neblina. E assim e saber que pode-se caminhar com olhos fechados, com os pés livres e descalços e notar que a vida tem trilha sonora e não é uma trilha que você escolhe, mas um caminho que você há de passar várias vezes, mas as ruas não serão mais as mesmas.
Passear pelas ruas nunca vistas, onde tudo de mais anormal parece simplório.
Onde a liberdade é um lugar estreito e que logo o paraíso começa e termina em consolação é só uma piadinha infame e de pouco entendimento.
Vamos! Venhamos! Vejamos e ouçamos a chuva que cai na calha e deságua e faz com que os vidros secos sejam tão belos molhados... Gotas de chuva em vidros molhados muito assemelham-se aos olhos lacrimejantes.
Os olhos tristes que partem quase sempre são aqueles que pouco repartem e que por sua vez, muito lacrimejam... A idéia de surpresa temos para o bem, mas amargo é quando nem tudo sai como planejávamos fazer.
E assim, a dor é apenas o doce amargo que sempre sobra e por motivos de gula, sempre acabamos tendo que ingeri-lo.
Contudo, musse de limão é um tanto azedo e nem por isso deixamos de degustá-lo e fazer a colher de sopa cheia de musse, ficar "sambando" entre a língua e os dentes.

7 comentários:

Jaque disse...

Pra mim, o grande lance da insegurança não é 'ser' ou 'não ser' (shakespeariano , não?) e sim o 'como' lidar com ela e usá-la como ferramenta para o amadurecimento.

PS: Essa parada de pão-de-queijo pegou mesmo! :O

Anônimo disse...

"O medo de amar é o medo de ser livre!'

-Beto Guedes

sem, mais por hj...
acho q não é nem necessário!

Seja Feliz, moranga, Feliz!!!!!!!!!!

=)

La disse...

Pra Jaque:

hihihihihi...

eu tava lembrando docês! que ocês são minha comida e meu circo!

xD

La disse...

Pro Gui:

Bengaleiro efêmero...

=)

Jaque disse...

Agora me senti homenageada...
O último pão-de-queijo da forma!
huahauaa

kkz disse...

teu texto esta mais para raios de sol de tão bonito! ainda mais tendo uma barra de lindt ou villars branco para absorver mansamente e com o auxilio do dedo!!! rsrs parabens!

... disse...

Adorei o termo OSTRACILDOS, huhauahua.
Ninguém é tão mentiroso a ponto de se achar digno de atirar uma pedra. Talvez apenas camuflamos um pouquinho, para que não fique tão a mostra essa fraqueza letente.
BjoO