quarta-feira, 28 de março de 2007

A mais perfeita das perfeições




Finalmente eu vou te ver!!!!
Vou ver aquela que mais me amará.
Vou ver aquela que me fazia ficar de um lado para o outro dentro de um pequeno espaço.
Vou ver aquela que comia pizza e chocolate sempre que podia.
Vou ver aquela que estuda engenharia e biotecnologia.
Vou ver aquela que lutou e teve coragem, coragem para enfrentar, coragem para seguir e não me deixar, coragem de me dar carinho e amor e me fazer saltitar.
Quero chegar logo, abrir os olhos, ver essa mulher que tenho orgulho e que em breve, hei de chamá-la de MAMÃE.
Vou te acordar, todas as noites, nos próximos anos e vou fazer isso assim que notar que sua respiração parecer com quem acabou de ‘pegar no sono’. (E de sono eu entendo.)
Vou fazer aquele cocôzão bem grandão e não vou entender a cara feia que você vai fazer. Mas, juro que vou aos poucos fazer igualzinho.
Vou mamar muito! Durante horas e por muito tempo!
Vou fazer de tudo para não ficar doente, pois não quero vê-la preocupada.
Vou dar aquele arrotão, mamãe, toda vez que terminar de mamar. Mas, não vale brigar comigo quando eu fizer isso na mesa e nem na frente das suas amigas.
Vou chorar um pouquinho quando tiver com fome.
Vou continuar chorando quando tiver “sujinha”.
E também vou chorar para fazer charme.
E sei que no início você não vai entender qual o choro disso e qual o choro daquilo.
Mas, com o tempo você há de entender todos os choros, todos os sorrisos e todos os meus olhares.
E também não vou entender quando você me olhar e falar (quase gritando): "NÃÃÃÃÃOOOO, JULLIANA DE CASTRO!!!!!". Mas pela sua cara engraçada, eu vou continuar fazendo até começar a perceber que não é pra fazer aquilo.
Vou jogar futebol, fazer inglês, francês e alemão.
Vou fazer balé, também! Natação e defesa pessoal!
Vou usar rosa até enjooar! Vou estudar muito mamãe! Vou querer ser igual a você. Só que com mais juízo, por mais que eu ainda não saiba o que isso significa.



E eu, prometo, mamãe, que vou te amar muito! Vou sim!



Chegueeeeiiii, mamãe!!!!
Com 48 cm, 3.520Kg e com o nariz igual ao seu!!!! E o pé também!

Podem falar que é muito cedo para falar o quanto somos parecidas, mas vou mostrar pra esse povo todo que tudo isso é verdade! Somos iguaizinhas: Somos mãe e filha, uma mais linda que a outra!





*Julliana de Castro Silva, nasceu dia 08 de Março de 2007, na Maternidade Benefeciente Portuguesa, em Manaus-Am, às 14:48, medindo 48 cm, pesando 3,520Kg, bem cabeludinha, quase sem sombrancelha e com olho de cor azul!



- E vai ser a garota mais linda, mais inteligente, mais perfeita desse mundo! E claro, que vai ser bem mimada... Mas, até uma certa idade... Assim esperamos! rs



Nós te amamos muito Jujuba, da sua Titiaxxxiii "desnaturada" Lays! =]



segunda-feira, 26 de março de 2007

Ti por mim. Mim por ela.

Tá tudo tão perto ...
E enquanto pisco, em um segundo faço coisas que quero ...
E quando abro os olhos as quero mais ainda!
Me sinto confusamente determinada!
Sou é um amor de pessoa, um tanto maluca, um tanto confusa, um tanto feliz, um tanto triste...
Acordo ciumenta e possessiva, mas sempre extremamente sincera!
Falo pelos cotovelos, tudo é motivo de piada! Tudo é motivo pra lágrimas!
Quero todas as COISAS, quero tudo! Sou totalitária!
Penso, dispenso, repenso!
Em outros momentos, consigo tudo! Em outros, não arredo o corpo da cama.
Dou risada sozinha, choro em frente ao espelho...
E converso com o espelho. Em um divã entre ti, comigo. Eu, consigo.
Estou em todos lugares, outrora não estou nem dentro de mim mesma.

Invisto em tudo... reviso as lembranças...
Sinto saudade do que não aconteceu, vivencio o que vivi.

Vasculho tudo que guardei, em uma caixinha de sapatos.

Quem sou ela? Ela?
Quem será ela?
Quem foi ela?
Nada sei!
A todo momento tudo sabemos!

Amei pessoas que nunca vi!
Amo umas que nunca existiram.
E amo tantas outras que existem e nunca as vejo.

Como seria possivel?

Uns dizem que isso não existe!
Mas é como se eu deixasse de amar, todos aqueles que já morreram!

domingo, 25 de março de 2007

Entre o real e o abstrato

Sábios seríamos se pudessemos compassar a dose perfeita do antes e do depois. Por motivos muitas vezes adversos ao nosso entendimento, as "coisas" tomam caminhos desconhecidos, que acarretam reações mais desconhecidas ainda.
Falamos ao vento, que ecoa por corredores sombrios e como tenho medo desses corredores, chego a apressar o passo para logo sair deles. Mas em meio a estes corredores sombrios, o fúnebre silêncio por lá assola.
Não ouço uma sequer voz, um sequer barulho.
As bocas mexem-se, mas nada soa.
Os sussuros só fazem parte da memória.
Memória essa que lembra de tudo ou de quase tudo, conforme sua importância e significância.Tudo me é muito importante, desde aquela formiga que tive que esmagar por falta de cuidado ou por não ter onde pisar, até aqueles que por ventura magoei e machuquei, tal como a formiga...
Temo por tudo que lhes fiz, no mais, se eu não fizesse alguém o faria.É a lei natural das coisas e ninguém pode revertê-la. Nem sei se isso vem a ser uma singela "DESCULPA" ou algo do gênero.
Mas, bem verdade é que seguimos cada um por um caminho cheio de percalços e alguns êxitos: o caminho da felicidade plena. Nunca iremos alcançá-la e por isso a procuramos tanto. A felidade nada mais é que a busca pelo Eldorado.
Incessante busca.
Por vez e outra, tomamos caminhos que não vão dar a lugar algum, ou pelo menos o horizonte não nos mostra nada límpido e quem sabe por isso, aproveitamos somente aquilo que nos é visível aos olhos e aquilo que não vemos é o que mais desejamos. Desejo desenfreado e previamente sensato.
Saudade sentimos de tudo e de todos que suas ausências ja são mais notórias que as lembranças que com os quais compartilhamos.
Domingos sempre foram tédio por sua totalidade e quando essas ausências somam-se a esses dias de total tédio vem o banzo, a melancolia e etc e etc e afins.
Bom seria ter uns lápis-de-cor, fazer, pintar e colorir a minha vida, a sua vida.
E assim, eu seria mais totalitária que sou.
Mas, creio que assim todos nós seríamos felizes.
Em algum Eldorado imaginário...
Mas, seríamos....

quarta-feira, 21 de março de 2007

As ondas do mundo

Mamãe, quando sair da faculdade vou para o Hawaí.
Pegar umas ondas de 18 a 25 metros, para poder saber quem sou eu.
Descobri que não preciso de muito dinheiro, só preciso chegar lá, ter umas roupas mais-ou-menos e uma prancha.
Me dá uma prancha de aniversário? Diz que sim, mamãe!
Dizem que lá, o Oceano é capaz de fazer coisas que ninguém nunca conseguiu. Seria o oceano um gênio?!
Mas é bom que ele crie essas coisas mesmo e que ninguém consiga copiá-lo, pois a humanidade na busca desenfreada por alguma coisa que ainda não descobri ao certo para que serve e qual a finalidade de quere-la tanto, acabam ficando sem nenhuma consciência moral. E nessa busca incessante pela riqueza e “prosperidade” criamos coisas que vão nos destruir: nosso eu mesmo.
Ultimamente todo mundo fala em “AQUECIMENTO GLOBAL” e blá blá blá...

E há Ong’s que massacram toda e qualquer corporação, pois acredita-se que estas não tenham visão ambiental.
É irônico pensar que depois do ocorrido de 11 de setembro, muitos economistas e de certa forma, o mundo inteiro indagou: “Quanto e o que foi perdido ali?!”.
Não há apenas uma questão financeira e N vidas que por ali ficaram, mas todo dia o mundo está se absorvendo e ninguém olha direito para este lado ambiental.
As mudanças são visíveis. Há mais de um mês não cai uma gota se quer na capital fluminense e ao lado norte do país, quando esta época sempre foi caracterizada por chuvas e grande percentual pluviométrico, mas o que há agora é inconstância de chuvas.
Tudo isso vem de um só lugar: eu, você, todos, têm culpa no cartório.
Consumimos demais, gastamos demais, tudo e qualquer coisa!
Mas, somos fracos e alienados para tantas propagandas. Mas seria ético viver nessa sociedade que tantos nos aliena, nós, pobres marionetes de mercado?!
É mais visível acreditar que não há ética alguma nisso tudo e que alguns acreditem que um dia tudo que pretendem será conseguido, lhe pertença por “direito”.
E esse poder dá direito de ir e vir e tudo que for para ser verdade, será verdade, pois acreditaremos nesta verdade que nos é imposta. Tudo é muito vinculado, manipulado e nem tínhamos que estranhar tanta artimanha em pleno século XXI.
Afinal, estamos na era Capitalista. E até os que eram os mais dignos deixam que este pensamento lhe fomente a mente e lhe faça o mais corrupto.
É... E é por isso que eu vou pro Hawaí descobrir quem eu sou. E se não conseguir esta descoberta logo, quem sabe eu descubro minha cadeia genética e de todos meus antepassados e vendo para algum desses “DONO DO MUNDO” e compro uma prancha nova!

terça-feira, 13 de março de 2007

Olhos de chuva

Inseguro, todo mundo é!
Atire algo (de preferência bem leve), o ser que não for.
Insegurança é a auto-defesa do ser para tudo aquilo que mostra-se não conhecido. É algo de instinto, que perdura por toda humanidade e tampouco irá cessar.
E quando temos um chão firme para caminhar, as dúvidas dissipam-se como o cheiro de pão de queijo que sai do forno e como o perfume que sai do spray para o corpo.
Passamos por várias cenas ao longo da vida (e nem precisa ser tão longa assim), para vivenciarmos percalços e êxitos e como ostras, nos fechamos e ficamos tarjados como “OSTRACILDOS”. Mas, alguns preferem serem intitulados como “pé atrás”, “precavido” e etc. e afins.
Quando pof!

Tudo muda, tudo volta...
E em um espelho a sua frente, você verá as melhores cenas da sua vida. E pode mudar o roteiro, passar a mão nesse vidro embaçado que a água quente do chuveiro o fez ficar túrvido.
Olhar para trás e gostar do que ver, é um momento nostálgico.
Incomensurável, pode-se intitular.
Olhar a frente e ver que o horizonte nem é tão invisível assim, apesar da neblina. E assim e saber que pode-se caminhar com olhos fechados, com os pés livres e descalços e notar que a vida tem trilha sonora e não é uma trilha que você escolhe, mas um caminho que você há de passar várias vezes, mas as ruas não serão mais as mesmas.
Passear pelas ruas nunca vistas, onde tudo de mais anormal parece simplório.
Onde a liberdade é um lugar estreito e que logo o paraíso começa e termina em consolação é só uma piadinha infame e de pouco entendimento.
Vamos! Venhamos! Vejamos e ouçamos a chuva que cai na calha e deságua e faz com que os vidros secos sejam tão belos molhados... Gotas de chuva em vidros molhados muito assemelham-se aos olhos lacrimejantes.
Os olhos tristes que partem quase sempre são aqueles que pouco repartem e que por sua vez, muito lacrimejam... A idéia de surpresa temos para o bem, mas amargo é quando nem tudo sai como planejávamos fazer.
E assim, a dor é apenas o doce amargo que sempre sobra e por motivos de gula, sempre acabamos tendo que ingeri-lo.
Contudo, musse de limão é um tanto azedo e nem por isso deixamos de degustá-lo e fazer a colher de sopa cheia de musse, ficar "sambando" entre a língua e os dentes.

sábado, 3 de março de 2007

Desprogramada Saudade

Tic tac
Tic tac
Tic tac
O relógio marca X hora, mas não usamos mais relógios.
Relógios escravizam, tal como qualquer aparato tecnológico e que usamos na fiel idéia de nos organizarmos.
E quanto mais pensamos nesta idéia, mas ela nos foge de controle.
Sejamos mais desorganizados, então!
Façamos que a desordem nos entranhe e assim, possamos nos permitir.
Permitirmos viver...
Viver sem programar, sem saber o que virá.
Saber que um minuto é importante, mesmo você sabendo que ele passa rápido demais e que café, pão e queijo é um café da manhã rotineiro e que temos que passar por base de 20 minutos mastigando-os.
Saudades tenho de abrir a geladeira e ficar lá, sentada.... E comendo geléia de mocotó.
"Saudades sinto... Não pela falta, que me é evidente, mas pelo fato da importância dos acontecimentos e das pessoas que fazem tais acontecimentos, únicos!..."
Não me é importante o ontem, mas o "e depois?!"
Não seria apropriado dizer que não penso em nada, o silêncio do vizinho diz tudo.
Diz o que as palavras são incapazes de transmitir.
Diz que a roupa no varal já secou e que nem mais posso ouvir o som do vento balançado a toalha da mesa, que tem os farelos do pão do café da manhã.
O tempo passa... Muita coisa acaba mudando, mesmo que não tenhamos programado tal mudança.
As coisas voam, outras perdemos...
Nem precisamos pensar no que previamente perdemos, mas o que com êxito ganhamos e quando na verdade, nem quer-se-ia ganhar... E quando ganhamos, não queremos mais nos desvincular.
A melhor vitória é essa!
O melhor gosto é o gosto do que nunca gostamos ou que pelo menos, não tínhamos conhecimento do gosto gostoso.
O desprogramado nos permite isso. E por que, não nos permitimos desprogramar?!
O cotidiano é demagogo e chato...
Contudo, os olhos que aqui mostram-se, mostra uma visão que muda a cada piscar de verde oliva.
No mais, não podemos viver em tanta desordem...
E por isso, acabamos nos contradizendo.
Essa é a parte da surpresa...
Contradizer-se, quando nem sabia-se o que dizer e mais uma vez, somos levados ao desprogramado...